Este artigo vai desvendar, com clareza e profundidade, o que significa a Tabela Price (TP), como funciona o sistema linear (SAC), e — o mais importante — qual a realidade quando falamos de consórcios: será que ela se aplica? Ou consórcios seguem outra lógica?
Ao final, você vai saber exatamente o que avaliar antes de assinar um contrato, considerando parcelas, juros, amortização, flexibilidade e seu perfil financeiro.
Como funciona a Tabela Price na prática?
Ela surgiu como uma solução para organizar pagamentos periódicos com base matemática e previsível, sendo desenvolvida pelo filósofo e matemático Richard Price.
Então, embora tenha sido criada em outro contexto, ela adaptou-se perfeitamente ao mercado financeiro moderno, principalmente em financiamentos imobiliários e de veículos.
A grande inovação trazida por Price foi a ideia de que um contrato de longo prazo poderia manter parcelas fixas, ainda que sua composição mudasse internamente.
Assim, essa estrutura se popularizou porque oferecia segurança para bancos e consumidores. A previsibilidade das parcelas permitia planejamento orçamentário e garantia maior controle sobre o contrato.
Entretanto, sua adoção ampla trouxe também debates, já que muitos clientes não compreendem que, por trás das parcelas fixas, existe uma amortização mais lenta no começo. Desse modo, essa compreensão é essencial para diferenciar Price de outros sistemas.

Mecanismo de cálculo: juros compostos, amortização variável e parcelas fixas
O cálculo da Price combina três elementos: valor financiado, taxa de juros e prazo. A partir disso, gera parcelas constantes que misturam juros compostos e amortização.
Dessa forma, nos primeiros meses, grande parte da parcela é destinada ao pagamento de juros, pois o saldo devedor ainda é elevado. Com o tempo, a amortização cresce, reduzindo os juros incidentes.
Portanto, esse mecanismo cria a ilusão de que a dívida não diminui rapidamente, algo comum entre novos financiados.
Quando analisamos a estrutura, percebemos que ela se comporta como uma escada gradual. A cada mês, um pedaço maior do valor pago vai para amortização, mesmo que o consumidor não perceba esse movimento claramente.
Em resumo, esse processo explica por que o custo total costuma ser superior ao de outros sistemas, mas também mostra por que muitos preferem a estabilidade da Price frente a flutuações.
O que é o sistema linear / SAC?
O funcionamento básico do SAC é simples: a amortização é sempre igual, mês após mês. Como os juros incidem sobre um saldo devedor que diminui rápido, o valor total da prestação também cai.
Então, isso gera uma curva de pagamentos decrescente, aliviando o orçamento com o tempo. Consumidores que acompanham suas faturas percebem rapidamente a evolução e o efeito psicológico de ver a dívida encolher.
Essa característica faz do SAC um dos métodos mais vantajosos para quem busca economia real. Além disso, a clareza da amortização fixa ajuda o cliente a entender exatamente quanto da dívida está sendo abatido a cada mês.
Diferente da TP, não há surpresas ou composição variável que dificulte o entendimento do consumidor.

Por que consórcios não usam amortização tradicional (Tabela Price ou SAC)?
O consórcio não utiliza amortização tradicional porque não constitui uma dívida financiada com juros compostos, e sim um sistema de contribuição coletiva para aquisição futura.
Assim, não existe saldo devedor com incidência de juros, o que impossibilita qualquer aplicação real de TP ou SAC. Desse modo, o cálculo das parcelas é baseado em rateio, taxas administrativas e reajustes do valor da carta de crédito.
Ausência de dívida com juros compostos como em contrato de empréstimo
A inexistência de dívida direta elimina a necessidade de aplicar sistemas de amortização. Portanto, não há financiamento com juros, apenas contribuição ao grupo.
Isso explica por que valores podem ser reajustados por variações da carta de crédito, mas nunca por juros compostos incidentes sobre saldo devedor.
Parcela de consórcio: contribuição para fundo, não amortização do bem
A parcela do consórcio é apenas uma fração necessária para manter o fundo ativo. Dessa forma, ela não representa amortização de um valor financiado.
Afinal, seu objetivo é coletivo, não individual, e cada participante arca com partes equivalentes ao valor do grupo, independentemente de ter sido contemplado ou não.
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O que mais saber sobre Tabela Price?
Veja outras dúvidas sobre o tema.
1. A Tabela Price garante parcelas fixas mesmo em consórcios?
Ela prevê prestações iguais durante todo o período de pagamento, mas isso nem sempre se aplica a consórcios tradicionais, onde a lógica de pagamento e contemplação é diferente.
2. Consórcio usa juros compostos como na Tabela Price?
De fato, não necessariamente — consórcios geralmente funcionam sem a cobrança típica de juros como em financiamentos; a tabela de consórcio se refere ao valor das parcelas + taxa de administração + fundo de reserva, não à amortização típica por juros compostos.
3. Por que nos financiamentos a Tabela Price pode custar mais caro no total?
Porque no começo da dívida, a maior parte da parcela vai para juros, e a amortização é lenta — o que significa mais juros pagos no longo prazo em comparação com sistemas em que a amortização é mais rápida.
4. Quando o sistema linear (SAC) é mais vantajoso que a Tabela Price?
Quando a prioridade é amortizar rapidamente a dívida — ou seja, pagar menos juros ao longo do tempo — e o orçamento permite parcelas maiores no início, mesmo que decrescentes depois.
5. Se quero previsibilidade e parcelas iguais, consórcio ou financiamento com Price?
Financiamento com TP oferece parcelas fixas, mas implica juros. Consórcio pode oferecer previsibilidade de parcelas, mas depende de sorteio/contemplação e não funciona como amortização da dívida típica — são modalidades com lógica distinta — e a escolha ideal depende do seu perfil e objetivos.
Resumo desse artigo sobre Tabela Price
- A Tabela Price utiliza juros compostos e parcelas iguais, mas amortização reduzida no início;
- O sistema SAC oferece amortização constante e parcelas decrescentes ao longo do tempo;
- Consórcios não utilizam Price nem SAC, pois não operam com dívida financiada;
- A “tabela de consórcio” mostra divisão de custos, não amortização ou juros.